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Como Nanda, muitas adolescentes engravidaram no passado e outras engravidarão no futuro. Apesar das informações, métodos anticoncepcionais ou disseminação do uso da camisinha, a gravidez não planejada ainda acontece.  

Nunca é uma situação fácil, é verdade. Muitos jovens “grávidos” perdem parte importante de sua adolescência. Mas eles também têm ganhos.  Conheça aqui algumas histórias.

Livia Moraes engravidou muito nova e confessa que foi assustador. Mas hoje tem na filha uma grande amiga.

Engravidei com 15 anos, foi em 2001. Fiquei muito assustada, mas minha gravidez foi tranquila, só fiquei muito cansada. Acho que pra mim foi muito bom, cresci muito rápido, amadureci. Perdi a adolescência, mas também comecei a minha muito cedo, pois tenho irmã mais velha e saía muito com ela. Valeu muito a pena. Minha filha é minha melhor amiga. Ela me conta tudo. Não tem vergonha de mim, adora sair comigo. Faria tudo de novo.  Tenho 29 anos e só tenho ela. Foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas sinceramente não sei se quero outro filho depois de tanto tempo. 

Leda Cardoso engravidou com 18 anos. Está casada até hoje com o mesmo marido, tem 2 filhas e 2 netos.

Engravidei em 1974.  Em alguns momentos chorava junto com o bebê, como nos casos de dor de barriga. Não me arrependo pois não deixamos de fazer nada por causa dos filhos: viagens, passeios, dançar; ir a clube, brincar o carnaval. Eu e meu marido amadurecemos juntos. Avalio minha vida como se não houvesse perdas, só ganhos. Valeu muito a pena, procurei e procuro até hoje ser mãe e amiga das minhas filhas. A única coisa que talvez mudasse, era casar antes de engravidar, pois acho que decepcionei meus pais.Mas tanto eles quanto meus sogros foram muito importantes para nós.  

Patricia Araujo Ratton também está casada até hoje com o seu namorado e tem 5 filhos.

Engravidei aos 17, em 1977. Hoje considero que eu era uma adolescente, mas na época não achava ser uma. Estava segura com o Moacyr, a gente se amava loucamente, e aí a surpresa da gravidez. Hoje, temos um novo tipo de amor, mas acho que tudo aconteceu muito cedo mesmo. Não tive tempo para mim exclusivamente, tempo de me questionar sobre o que queria da vida.  As coisas foram acontecendo e me vi já  cheia de responsabilidades. Adoro tudo isto, mas já repensei bastante este ímpeto amoroso que se deu na adolescência. Poderia não ter adiantado o enredo, mas aconteceu. Cabeça de adolescente é sonhadora. De fato a nossa historia permaneceu bonitinha, mas se me perguntassem hoje se eu a repetiria... só bem mais tarde. E se mais tarde tudo seria igual, nem imagino, a vida é um livro aberto.

Tania Karine levou um susto com a gravidez. Hoje tem duas filhas e dois netos.

Eu engravidei em 1982. Eu tinha 18 anos. Foi chocante, estava muito desesperada. Na época pensei em até tirar por medo. Mas hoje sei que tudo valeu a pena. Minhas filhas hoje têm 31 e 29 anos, temperamentos fortes, mas são mulheres de fibra. A minha filha mais nova, Lívia, é uma mulher muito guerreira, parece mais ser a minha mãe. Já a Ágatha, apesar de também ser batalhadora, teve alguns percalços na sua jornada, e espero agora ela recomece a uma nova vida e seus sonhos se concretizem. As perdas para mim foi ter me acomodado nada situações que foram surgindo na vida, mas acho que superei está parte. Amo a minha família e quero melhorar como pessoa. Quero ter um chance para mudar e mais feliz , ver que tudo vale a pena.

Amires Couto foi mãe aos 18 e já tinha 3 filhos ao 24 anos. Hoje tem mais duas netinhas: Bianca e Bruna.

Aos 18 anos, com muitos amigos, vários planos, muita alegria e uma vontade imensa de viver tudo o que a vida oferecia, recebi, com um olhar crítico, a notícia que estava grávida, e já de 3 meses. Eu, a descolada,cocota de Icaraí....Grávida! Como encarar o olhar de decepção de meus pais foi a minha maior preocupação, mas como o casamento já estava marcado para breve resolvi não falar nada. Essa decisão tornou tudo mais difícil. Passei muito mal e tinha que esconder, mentir, driblar e chorar sozinha. Além disso, todos eram contra o casamento, o que  tornava tudo mais pesado ainda. Foi muito difícil, muito. Acho que não tive perdas. Sempre tive o amor deles e a amizade. Fazíamos tudo juntos, eles me contavam tudo (tudo mesmo!) pois nosso relacionamento era baseado na confiança. Os principais ganhos foram o amor e a admiração dos meus filhos, o amadurecimento espiritual e pessoal. Se valeu a pena? Nada é mais gratificante do que ter o apoio incondicional dos meus filhos quando tive a saúde debilitada. Me senti muito amada e isso foi a minha cura. 

Minha história. Engravidei com 17 anos, hoje tenho quatro filhos e uma netinha linda!

Engravidei com 17 anos, em 1977. Foi muito difícil até o momento em que minha irmã contou para minha mãe. Depois de muitos dias sem dormir, dormi um dia inteiro, aliviada. A gravidez foi fácil, Pedro nasceu super bem, mas quando ele tinha apenas 1 ano e 2 meses, engravidei novamente de Artur. Olhando para trás, acho que cumpri bem o meu papel de mãe, apesar de muito jovem, até porque tive muita ajuda da minha família. Se perdi muita coisa? Com certeza, mas não consigo ver a minha vida acontecendo de outro jeito. Em muitos momentos foi difícil, mas a vida não é fácil. Acho que as perdas foram compensadas pelo que ganhei dos meus filhos. 

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